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Intervenção do Presidente da República no Jantar oferecido aos participantes no 2º Encontro do Conselho para a globalização e aos representantes dos associados da COTEC

Palácio Nacional da Ajuda, 27 de Setembro de 2007


Senhor Ministro das Finanças
Senhor Presidente da COTEC
Senhoras e Senhores,

Gostaria de saudar todos os presentes, e muito especialmente, nesta ocasião, os representantes das empresas associadas da COTEC e da rede PMEs Inovação que participaram no encontro desta tarde.

Fui informado de que esta iniciativa constituiu um grande sucesso, quer pela escolha oportuna dos temas, quer pelo perfil e qualidade dos oradores, que partilharam as suas experiências e perspectivas em matérias tão relevantes como o crescimento através da internacionalização, os desafios da energia e a inovação no contexto das PMEs.

Aproveito para dirigir uma palavra especial de agradecimento aos membros do Conselho para a Globalização, Marcelo Odebrecht, Naher Taher e Gary Bridge, pela sua disponibilidade para intervir no evento desta tarde.

Gostaria de dar as boas-vindas, igualmente, àqueles que irão participar, amanhã, em mais um encontro do Conselho para a Globalização.

Como sabem, o Conselho para a Globalização é um fórum organizado pela COTEC que, com o patrocínio do Presidente da República Portuguesa, procura reunir altos dirigentes empresariais de todo o mundo para um debate, em ambiente informal, sobre os complexos problemas que a globalização suscita nas empresas, nas sociedades e nas economias contemporâneas.

É meu propósito que deste Conselho resulte uma troca mutuamente enriquecedora de saberes e de experiências entre empresários nacionais e estrangeiros. O Conselho para a Globalização é, ele próprio, um fórum global. Isso permite-nos, naturalmente, beneficiar de uma visão abrangente e realista sobre os três temas que nos irão ocupar este ano.

O primeiro tem por objecto as estratégias de entrada nos mercados do século XXI. Parte-se da consciência de que muitas das experiências de internacionalização, tanto de empresas originárias das «economias desenvolvidas» como de «economias emergentes», nem sempre têm produzido os resultados esperados. Lançar as bases de uma interacção mais frutuosa entre empresas e mercados dos diversos pontos do planeta é um dos objectivos deste debate.

O segundo tema está subordinado ao título «Inovação num mundo global». Deliberadamente, escolheu-se um tópico abrangente, de modo a que a discussão se processe com grande abertura, sem grandes constrangimentos, procurando respostas para questões como: qual o verdadeiro papel da inovação no sucesso das empresas? Como se pode gerir e fazer circular a inovação em empresas que operam à escala planetária? Que acções podem os governos desenvolver na promoção da inovação global?

O terceiro e último ponto em debate relaciona-se com o papel do capital privado que, como sabem, tem vindo a adquirir um peso crescente no financiamento da economia global. Em face disso, e, neste momento, ainda com maior justificação, todos nos interrogamos: o private equity será um bom ou um mau amigo?

Não pretendo que deste encontro de Sintra surjam respostas definitivas a estas perguntas. Seria, aliás, profundamente irrealista. Mas, até é positivo que não tenhamos respostas definitivas para as perguntas que a globalização levanta. É sinal da vitalidade das economias, do seu permanente dinamismo, e da liberdade com que operam os empresários. Num mundo em que as empresas actuam livremente e em que a concorrência é intensa, dificilmente haverá receitas pré-definidas ou respostas acabadas. O caminho faz-se caminhando. Mas julgo que todos ganhamos em conhecer melhor esse caminho.

A todos agradeço a vossa participação nestes Encontros, que espero serem estimulantes e contribuírem para uma melhor compreensão do mundo contemporâneo. Sem dúvida, um mundo complexo, ainda atravessado por grandes assimetrias, onde emergem riscos e ameaças. Mas também um mundo feito de diferenças enriquecedoras e de novas oportunidades.

Recentemente, inaugurei nos Estados Unidos uma exposição intitulada Encompassing the Globe, que ilustra de forma notável a vocação universalista de Portugal e o seu pioneirismo na descoberta de novas terras, de novas culturas e de novas gentes. Diria que Abraçar o Mundo é também, de algum modo, o propósito do Conselho da Globalização, neste seu encontro que amanhã nos reunirá em Sintra.

27.09.2007
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